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Wednesday, February 29, 2012

O sal dá vida!


Todo mundo sabe que adoro comer. Mas, também adoro falar sobre comida. Ah, todo mundo já sabe disso também...!

Lembra do curso de meditação que fiz e que tínhamos que observar a regra do Nobre Silêncio? No último dia do curso, o Nobre Discurso era permitido e tive o prazer de ter uma conversa interessante com uma moça sobre "aditivos alimentares" e "percepção de sabores".

Aqui na Austrália, a maioria dos consumidores rejeita alimentos que contenham qualquer tipo de aditivo "não-natural". Por exemplo, um pacotinho de sopa tipo Maggi de cogumelo não pode conter como ingrediente intencional o glutamato monossódico - também conhecido como msg e ajinomoto. Naturalmente, cogumelos contêm msg, e um dos ingredientes comuns em sopas desse tipo é o extrato de levedura que também é rico em msg. Então, o pacotinho de sopa acaba com um certo teor de msg que "não foi adicionado artificialmente". E o danado do msg, assim como o sal, é responsável por realçar os sabores naturais da sopa.

A conversa começou, claro!, depois que me apresentei como aromista. Daí, fluiu pros aditivos alimentares, e finalmente, para o cardápio das refeições servidas durante o curso. E, pra encurtar essa história, eu adorei a comida e ela não!

Eu não acreditei que ela não tivesse adorado a comida! Cardápio todo vegetariano, bem preparado, muito variado, obviamente bastante nutritivo e super aromático, super bem temperado. Eu simplesmente me empanturrava em cada refeição!

Ela argumentou que gosta de comida com bastante tempero, ervas e condimentos e que usa sálvia, tomilho, rosmarinho etc e tal. Intrigada, eu respondi que senti o sabor dessas ervas todas nos pratos servidos e que achei a combinação de temperos muito agradável e balanceada. Daí, ela, com uma cara confusa, comentou que também achou a comida "sem sal". Bingo!!

Havia sal e pimenta-do-reino à vontade na mesa do buffet porque, realmente, a comida tinha pouco sal. Mas, a coitada não reparou nisso e comeu comida "sem sal", nos dois sentidos! Uma pena porque, se o prato dela tivesse a quantidade certa de sal, ela teria adorado a comida tanto quanto eu, tenho certeza.

Fica a dica: preste atenção se a comida é ruim mesmo ou se está só faltando uma pitadinha a mais de sal. ;-)

PS: hipertensos devem ser cautelosos com essa dica! ;-)

Tuesday, February 28, 2012

Big girl, you are beautiful!

Big girl, you are beautiful

Walks in to the room
Feels like a big balloon
I said, "Hey girls, you are beautiful"

Diet Coke and a pizza please
Diet Coke, I'm on my knees
Screaming, "Big girl, you are beautiful"

You take your skinny girl
I feel like I'm gonna die
'Cause a real woman
Needs a real man, here's why

You take your girl
And multiply her by four
Now a whole lot of woman                    
Needs a whole lot more

Get yourself to the butterfly lounge
Find yourself a big lady
Big boy, come on around
And there we're gonna do baby

No need to fantasize
Since the words are my praises
A watering hole with the girls around
And curves in all the right places

Big girls, you are beautiful
Big girls, you are beautiful
Big girls, you are beautiful
Big girls, you are beautiful

Songwriter: Michael Penniman - Singer: Mika
videoclip: http://www.youtube.com/watch?v=yDSK91mUNLU&ob=av2e 

Sunday, February 26, 2012

A palavra é prata. O silêncio é ouro!

"A palavra é prata. O silêncio é ouro!" É um provérbio chinês. Bastante sábio!

Recentemente, tive uma forte experiência com o silêncio. Há um mês, participei de um curso de meditação, de onze dias de duração. Durante o período do curso, os alunos ficam hospedados na escola e devem observar uma pequena lista de regras que fazem parte do aprendizado. Uma das regras é manter o Nobre Silêncio. Claro, é permitido conversar, ao pé do ouvido, com os professores e com o gerente do alojamento, em caso de dúvidas ou problemas. E só.

Por dez dias, a rotina dos estudantes é levantar às 4 da manhã e estar no salão de meditação às 4:30h. Às 6:30h, o café da manhã é servido. Nova sessão de meditação das 8:00h às 11:00h. Descanso, almoço e todos voltam ao salão para meditar às 13:00h. Alguns têm permissão para meditar em seus próprios quartos. Novo descanso para um lanche entre 17:00h e 18:00h e então assistimos à uma palestra e meditamos por mais uma hora e meia. O dia termina às nove da noite. Para recomeçar às 4 horas da manhã seguinte.

É uma rotina de 12 horas de prática de meditação, em completo silêncio, a maior parte do tempo. E, os que me conhecem, vão ficar chocados ao saber que gostei muito! Me identifiquei bastante com a técnica budista chamada Vipassana. E, surpreendentemente, vi prazer em ficar em silêncio, sem a obrigação social de engajar em conversação com estranhos. Achei a experiência bastante libertadora!

No último dia, conhecido como o "dia da conversa", o Nobre Silêncio é substituído pelo que deveria ser Nobre Discurso. Os professores entendem que os alunos, ou a maioria deles, precisam de um 'bálsamo' depois de tanto tempo sem conversar antes de voltar ao cotidiano, às suas vidas normais. E eu tenho que admitir que é estranho passar dias e até dividir o mesmo quarto com pessoas que você não pode sequer dar um "bom dia" ou dizer "obrigada" por alguma gentileza como segurar a porta aberta pra você passar, por exemplo. Então, no último dia, aproveitei a chance para "me redimir" e agradecer às gentilezas (por segurar a porta, por me passar a faca de passar manteiga no pão, por esperar eu me arrumar na cama antes de apagar a luz etc). E tive a sorte de fazer três novas amigas! :-) Mas, também tive a infelicidade de me aborrecer com o "Pobre Discurso" de algumas outras pessoas. Senti falta do Nobre Silêncio! E entendi a importância dele para que os alunos pudessem se concentrar nas aulas e se dedicar à meditação, sem a interferência causada por comentários ou histórias ou até discussões.

Todas as técnicas de meditação prometem basicamente o mesmo resultado: tranqüilidade e calma mental e emocional, equilíbrio e lucidez. No reino do silêncio, experimentei um pouco disso tudo. E dei ainda mais importância à palavra, que, na minha opinião, só deve ser dita quando for mais nobre que o silêncio!

Wednesday, February 22, 2012

Paçoquinha.

Outro dia, um amigo australiano que morou por um tempo na Inglaterra e dividiu o apartamento com dois amigos brasileiros, me perguntou se eu conhecia "aquele doce brasileiro feito com amendoim que parece um pilarzinho e desmancha na boca". Eu perguntei como ele foi apresentado à paçoquinha e ele contou que um dos rapazes trouxe de uma de suas viagens ao Brasil. E ele adorou!

Depois dessa conversa, fiquei pensando que, apesar de gostar muito de paçoquinha - qual brasileiro não gosta?! - nunca pensei em fazer em casa. Pra quê? No Brasil, paçoquinha é super fácil de encontrar e barato. Em Cingapura, país onde morei por uns anos, há vários doces e pratos feitos com amendoim. Então, acho que nunca senti realmente falta de comer paçoquinha. Já na Austrália, a história é diferente: o único produto de amendoim fácil de encontrar por aqui é pasta (tipo Amendocrem), além do próprio amendoim que é muito apreciado pelos australianos como petisco.

Existe um site na internet que importa e entrega aqui na Austrália alimentos populares do Brasil como Guaraná Antarctica, Paçoquita, Pão de Queijo etc. Mas, o pacote com 16 paçoquinhas custa em torno de R$ 20,00!!

Então, decidi tentar uma receita de paçoquinha caseira. Procurei na internet e encontrei várias receitas com farinha de milho, pasta de amendoim, leite condensado, biscoito maisena etc e acabei com uma receita "híbrida", criada por mim, com ingredientes que consegui encontrar por aqui:

1 1/2 xícaras de amendoim descascado, torrado e moído
1 xícara de biscoito maisena ou maria (aqui, usei um biscoito chamado milk and coffee, parecido com o nosso maisena) moído
1 xícara de açúcar refinado
1/2 colher de chá de sal
3-4 colheres de sopa de manteiga

Quanto mais fino se conseguir moer os amendoins e os biscoitos, melhor. Eu usei um liquidificador, mas, um processador de alimentos é mais eficiente. Também fica melhor usando açúcar mais fino, tipo o de confeiteiro. Daí, é só misturar tudo numa vasilha, com uma colher e ir adicionando aos poucos a manteiga derretida até dar liga e moldar.

Eu não tenho o molde pra fazer os "pilarzinhos" de paçoquinha, então, improvisei com o copinho de cachaça! Só pra ver se a receita dava certo. Ficou uma delícia!! :-D

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