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Wednesday, December 28, 2011

Larvas Luminosas!

Recentemente, fiz uma viagem à Nova Zelândia (fotos no link da sessão Minhas Viagens, abaixo) e conheci uma criatura minúscula e fascinante: as larvas luminosas (glowworms, em inglês) das cavernas escuras de Te Anau.

O inseto é a fase adulta da larva e vive somente o tempo de procriar. A fêmea morre imediatamente depois de pôr os ovos e o macho morre dentro de cinco dias. Os ovos eclodem em larvas que vivem por 9 meses com o único intuito de engordar. Para se alimentar, essas incríveis criaturas produzem fios cobertos por um visgo que captura os insetos descuidados atraídos pela luminosidade azul-esverdeada da cauda das larvas.  Quanto maior a fome, mais brilhante é a luz emitida pela larva. Esses fios são dispostos como uma cascata de contas de cristal e quando a larva sente a vibração causada por algum inseto imobilizado pelo líquido viscoso e pelas toxinas contidas nos fios, desce até a sua presa e se alimenta de seus fluidos internos. Essas larvas, literalmente, brilham para viver!

Na escuridão, dentro de um bote se movimentando vagarosamente na silenciosa caverna, testemunhei esse espetáculo natural que acontece tão somente pela necessidade de sobreviver.

O teto da caverna parece coberto de pequenas lampadinhas opacas que, brilhando juntas, produzem luz suficiente para se enxergar as pessoas a sua volta. É um visual muito bonito e acho que seja melhor não ser possível ver as larvas, já que larva é larva, e tem uma aparência nojenta. Mas, depois de entender como funciona o ciclo de vida dessas larvas, desenvolvi um enorme respeito por elas.

Fiquei pensando e lembrei de algumas lições que a gente ouve aqui e ali e, às vezes, as relembra, quando é apresentada a criaturas como essas:

Simplicidade porque as larvas têm um único objetivo que é a sobrevivência, portanto, passam a vida de alimentando para que produzam ovos saudáveis quando se libertarem de seu casulo para serem fecundadas e re-iniciar o ciclo;

Humildade porque elas criam um visual mágico na mais completa escuridão, silêncio e somente em lugares remotos. Não querem audiência!;

Tolerância com criaturas de aparência desagradável que nada mais fazem do que cuidar da própria vida;

Respeito pelos pequenos - por 'pequenos', me refiro às coisas e pessoas de quem, geralmente, não se espera muito, não se dá valor - porque são bichos minúsculos que sabem muito bem se cuidar sozinhos e, apesar de serem biologicamente bastante simples, são capazes de construir uma cortina de até 70 fios, de uns 15cm cada um, de um material quimicamente complexo e de transformar seu próprio excremento em luz atrativa às suas presas.

Enfim, curti o passeio de várias formas. :-)

http://novazelandia.co.nz/tours-y-actividades/isla-sur/fiordos-a-te-anau.html?page=shop.product_details&flypage=vmj_estore.tpl&product_id=90&category_id=14

Thursday, December 8, 2011

Fique longe dos agrotóxicos!



... pelo menos, o máximo possível...!

A Folha de São Paulo publicou um estudo que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realizou no país inteiro, exceto o estado de São Paulo que declarou já ter seus próprios métodos de avaliação. O estudo mostrou que a maioria dos legumes, frutas e verduras que se consome no Brasil contém agrotóxicos irregulares ou em quantidades excessivas. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1017638-agrotoxico-irregular-aparece-em-28-dos-vegetais-no-brasil.shtml

Todo mundo sabe que agrotóxico faz mal pra saúde humana. Mas, para a agricultura de grande escala - necessária em um país gigante como o Brasil! -, o uso de agrotóxicos é fundamental. Agrotóxico é um composto químico que vai manter o vegetal livre de pestes e, se for aplicado corretamente, chega às nossas bocas em quantidades insignificantes e inofensivas. Hmmm... pelo menos, essa é a teoria...! O problema é que, no Brasil, como o estudo da ANVISA deixa claríssimo, tem muito agricultor fazendo coisa errada!

E como é que nós, consumidores, podemos nos proteger contra a ameaça que o excesso de agrotóxicos nos vegetais representa? Todo mundo fala que comer legumes e frutas é muito mais saudável que carne vermelha e chocolate. Então, como fazer?

Aparentemente, há uma combinação de conselhos que os especialistas entrevistados por diversas mídias dão. Eu fiz um resumo de tudo que já lí e escutei sobre como reduzir o consumo de agrotóxicos na nossa dieta:

Primeira dica é consumir vegetais da época. São mais frescos e necessitam menos ou nenhum agrotóxico. Como a maioria do que se encontra nas feiras livres. Além de serem mais baratos que os encontrados nos supermercados e sacolões.

Os orgânicos podem até ser um pouco mais caros, mas não contêm agrotóxico nenhum. Se a conta for ficar muito pesada, dê preferência aos orgânicos que são ingeridos com casca e os de casca fina, também às verduras. Os demais, de casca mais grossa, normalmente, são descascados antes de consumir e, portanto, a maior parte do agrotóxico vai embora com a casca.

Mas, se não der pra escapar dos comuns, pode-se deixar de molho em 1 litro de água com uma colher de sopa de bicarbonato de sódio, comprado em farmácias. Folhas, por 30 minutos, legumes e frutas (com a casca), uma hora e meia. Depois, usar outra solução de vinagre ou água sanitária (1 colher de sopa para um litro de água), por uns 15 minutos, para matar germes. E, por fim, enxaguar bem com água corrente pra eliminar resíduos de água sanitária. Recomendação do professor Sérgio Rabello Alves, do laboratório de toxicologia da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.

Esfregar o vegetal com escovinha não desimpregna o agrotóxico e ainda pode "machucá-lo", o que pode acelerar o processo de deterioração durante a estocagem, mesmo em geladeira.

Uma observação interessante: fruta ou legume lindo, perfeito, grande e brilhante, com certeza foi produzido com o uso de agrotóxico. Se você encontrar na banca ou prateleira uma ou outra fruta com furo de bichinho, isso pode significar que foi produzida com menos agrotóxico. Se descartada a parte com bicho, o restante da fruta é bom para o consumo. Aquela história de "as aparências enganam"!

Parece exagero, mas, se lembrarmos que o pior inimigo é aquele que a gente não percebe a presença e que é sabido que agrotóxico pode causar principalmente câncer e uma lista de outras doenças sérias, alguns cuidados adicionais com a nossa própria alimentação é um preço pequeno a se pagar. Não acha? :-)

Friday, November 25, 2011

Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja...

Na verdade, lá em casa, agora, todo dia pode ser dia de cerveja! :-D Trinta e duas garrafas a cada lote fermentado! Isso mesmo. Nosso primeiro lote de Coopers Ale é um sucesso!

No Brasil, a moda entre os bebedores de estilo são as cervejas artesanais.  É cada vez mais fácil encontrar novas marcas da bebida, produzidas por pequenas e médias cervejarias que vendem seus produtos em bares onde se pede uma lager ou uma stout em vez de um simples chopp. Mercado que cresce em torno de 15% ao ano. Tem até agência de turismo vendendo pacotes internacionais de visitação a cervejarias artesanais na Europa e nos Estados Unidos. Então, quem se arrisca a fazer a própria cerveja em casa quando é tão fácil e bacana ir a um bar da moda, com os amigos e participar da degustação de cervejas artesanais combinadas com queijos e carnes? A "maluca aqui"!! hehehe

É que, na Austrália, a moda é comprar o kit de ingredientes das grandes marcas, disponibilizados pelos próprios fabricantes, e "copiar" a cerveja em casa. Meu marido já tinha, há alguns anos, os acessórios (barrilzinho, termômetro, densímetro, aquecedor). Então, nos animamos a comprar o kit de ingredientes e as garrafas e pôr mãos à obra!

O processo de fermentação completo da ale - cerveja de alta fermentação (temperatura alta, entre 16 e 24C) - é de mais ou menos 14 dias. Sete dias de fermentação no barril e mais sete dias fermentando dentro das garrafas. Enquanto isso, a gente toma a original mesmo!

Quando abrimos a primeira garrafa, 15 dias após o início da fermentação, achamos que precisava de um tempo maior porque tinha muito gosto de fermento. Então, deixamos uma semana a mais. Daí pra frente, foi só alegria! O sabor e a aparência eram muito similares à Coopers original. A cerveja ficou gostosa, leve e não muito alcoólica (5% Alc/Vol). Os amigos que nos visitaram, adoraram!

Como não bebemos nem a metade do estoque, ainda não decidimos qual será a próxima investida! Porque o legal é fazer experimentos, claro. Mas, assim que o próximo lote ficar pronto, eu conto.
Então, daqui pra frente, não compramos mais cerveja! ;-)

Wednesday, November 23, 2011

Não esqueça do leite!

Um estudo canadense mostrou que o consumo de leite aliado a treinos de resistência proporciona um maior ganho de massa muscular e de força, além de diminuir os índices de gordura corporal.

Aqui, o link de um vídeo produzido pela BBC mostrando que consumindo alimentos ricos em cálcio (leite e derivados), ajuda o nosso corpo a absorver somente a metade das gorduras que ingerimos.

Todos sabemos que o leite é fonte de proteína, vitaminas e sais minerais, principalmente o cálcio. E graças ao cálcio, agora sabemos que o leite ainda pode ser uma ajuda no controle de peso.

Ainda bem que a maioria das pessoas gosta de leite. Na minha casa, consumimos em média 1 litro por dia: café com leite, chá com leite, leite com chocolate, com cereais, mingau etc. Vale também lembrar que o leite faz parte da receita de vários pratos e sobremesas. O que é uma boa notícia pra quem não gosta de tomar leite. Outra boa notícia pra eles é que existem os laticínios, produtos feitos de leite, como queijos, iogurtes, manteiga, leite condensado etc. E todos também carregam o cálcio em suas composições.

Minha mãe faz um manjar de coco que fica uma delícia e que tem o leite como ingrediente principal. Aqui, ela orgulhosamente divide conosco a receita:

1 litro de leite
8 colheres de sopa de açúcar
6 colheres de sopa de maizena
100g de coco ralado
Diluir a maizena num copo de leite (parte de 1 litro). Misturar tudo numa panela e mexer, sem parar, até a mistura engrossar. Deixe cozinhar por uns 5 minutos. Minha mãe dá a dica de só adicionar a maizena diluída quando o leite já estiver quente, começando a ferver, assim você não tem que mexer a mistura por muito tempo! Coloque na forma molhada e deixe esfriar na geladeira por duas horas.

A famosa calda de ameixa ela faz assim: mistura numa panela 50g de ameixa preta sem caroço com 4 colheres de sopa de açúcar e meio copo de água e cozinha até engrossar um pouco e as ameixas ficarem bem macias.

Pra servir, vire o manjar num prato e jogue a calda por cima. Simples e nutritivo! :-D

A título de curiosidade, pra quem tem dúvida, aqui um pouco de informação sobre a classificação básica brasileira:

Leite integral contém 3% de gordura, leite semi-desnatado contém em torno de 1.8% e o leite desnatado, em torno de 0.5%. Não importando a forma de embalagem (saquinho, longa-vida, em pó).

Tipo A = menor carga bacteriana. Geralmente, é tratado e embalado no mesmo local da ordenha.
Tipo B = carga bacteriana 8 vezes maior que o leite tipo A. Geralmente, é tratado e embalado em local diferente da ordenha.
Tipo C = carga bacteriana 30 vezes maior que o leite tipo A. Geralmente, provém de diversas fontes de ordenha, é misturado, tratado e embalado. (fonte: Universidade Federal do Espírito Santo - UFES)

Não esqueça do leite! ;-)

Monday, November 21, 2011

Mamma mia!

Se tem uma coisa que todo mundo gosta de comer é massa. Eu adoro massa. E sempre quis aprender a fazer minha própria, mas nunca me atrevi! A única tentativa foi na época da escola de tecnologia de alimentos. Muuuuuito tempo atrás!

Um dia desses, assistindo ao Junior Master Chef Australia, fiquei com inveja de uma menina de 11 anos, uma das competidoras ao título de melhor cozin...ooops! - chef - mirim do país, que declarou cozinhar massa pelo menos duas vezes por semana. Isso mesmo, ela faz a mistura de farinha, água, ovos etc, corta no formato desejado, cozinha, prepara o molho etc e tal...

Daí, meu marido, deve ter achado que eu queria desenvolver o meu lado nonna e me deu de presente uma daquelas maquininhas de fazer macarrão.

Então, na semana passada, resolvi arregaçar as mangas e testar uma receita de massa de macarrão de um livro de culinária alemã que ganhei de presente há uns dez anos:

250g de farinha de trigo
2 ovos médios
1 colher de chá de sal
2-3 colheres de sopa de água

Suficiente pra dois pratos de macarrão.

Bem, o resultado foi um almoço delicioso. Em vez de fazer algum molho, resolvi fritar alguns camarões com alho em azeite de oliva e simplesmente jogar por cima do macarrão, que cortei em forma de talharim, salpicado com um pouco de queijo ralado. Servi com uma salada simples de alface e tomate.


O processo completo levou umas 2 horas e meia. Depois de misturar os ingredientes, deixei a massa descansar por uns 45 minutos, embrulhada em filme plástico pra não ressecar. Então, abri a massa e cortei, sempre usando a maquininha. Leva só uns 7 minutos pra cozinhar em água fervente.

Apesar de delicioso, achei que ficou um pouco elástico demais. Acredito que seja porque não 'trabalhei' muito a massa e não foi suficiente pra quebrar a resistência do glúten. Da próxima vez, pretendo misturar por mais tempo. Talvez eu compre aqueles batedores pra massa pesada porque, pra misturar na mão, é preciso músculos fortes!

De qualquer forma, estou contente por ter quebrado meu próprio tabu e percebido que nem é assim tão difícil fazer macarrão em casa! :-)

Wednesday, November 2, 2011

Sempre ao seu lado.


Quando  fico estressado, deito ao seu lado.
Quando começo a me entristecer, vejo o sol nascer.

Na praia, vejo o sol se pondo ao fim do oceano.
Escuto o som do vento soprando e ali ficaria por um ano.

Sob o brilho das estrelas, fico deitado a noite inteira.
Quando lembro da minha infância, fico com a lembrança de tempos de esperança, de estar ao seu lado, me sentindo apaixonado.



Autores: Gabriel Ferreira da SIlva Pereira Vaz (12), Rubem Blanco Neto (12), Miguel Cavalcante (12) - alunos do Uirapuru de Sorocaba

Wednesday, October 26, 2011

Instruções para tomar suco de fruta!


É irritante como a cada dia aprendemos que o que era bom de se comer, agora, descobriram que faz mal! Já escrevi sobre isso, aqui no blog. Você já deve ter lido em algum lugar que vitamina C é um ótimo anti-oxidante e previne envelhecimento das células, mas, em excesso, pode dar pedra nos rins! Um copo de vinho tinto por dia é bom pro coração, mas, meio copo, pode promover câncer de mama!

Acabei de ler um artigo que diz que suco de fruta tropical pode prejudicar a saúde dos dentes (http://gnt.globo.com/saude/noticias/Sucos-de-frutas-tropicais-podem-causar-erosao-dental--diz-pesquisa-da-Unicamp.shtml). A alta acidez de algumas frutas tropicais e a longa permanência do suco dessas frutas dentro da boca, pode "corroer" o esmalte que protege os dentes.

Eu já ia ficando irritada de novo, pensando em voltar a beber Coca-cola em lugar de suco de fruta, mas, ao ler o artigo até o final, felizmente, a pesquisadora deixa claro que é só evitarmos manter o suco na boca por muito tempo e que não é recomendado interromper ou diminuir o consumo de suco de fruta fresca, que faz sim muito bem à saúde!! Ufa!! :-D

Saturday, October 22, 2011

Enroladinho de filé de frango com prosciutto.

A bonitona da foto é a Inna De Wit, uma russa super animada que cozinhou a janta com uma facilidade invejável, durante a sessão de degustação de vinho e queijos!

Já passavam das sete da noite quando ela me buscou na estação de trem e passamos no supermercado pra comprar frango, prosciutto (presunto curado italiano), verduras e mais umas coisinhas.

Fomos pra casa dela e logo abrimos a garrafa de shiraz (Casillero del Diablo, Chile) que eu levei de presente! Depois do brinde - a nós duas!! - ela preparou o frango pra levar ao forno:

Abriu os filezinhos de coxa de frango dentro de um saco plástico e martelou, pra amaciar a carne. Depois, temperou com sal e pimenta preta, recheou alguns filés com figo seco e pinoles e outros com queijo roquefort. Enrolou cada filezinho com duas fatias de prosciutto e levou pra assar por uns 25 minutos. Tempo pra "degustarmos" todos os pedacinhos de queijo que ela encontrou na geladeira contra o vinho que bebíamos. Hmmm... os queijos mofados, como roquefort, até que vão bem com shiraz, mas, definitivamente, os mais encorpados, como romano, combinam perfeitamente com a personalidade forte e sabor achocolatado do vinho que é feito com a uva favorita dos australianos, shiraz.

Inna tirou os rolinhos de frango do forno e meu estômago roncou! Ela preparou uma salada e jantamos logo em seguida. Eu toda empolgada pensando que era um prato típico russo, perguntei como se chamava e ela, com uma cara de orgulho, respondeu: "enroladinho de filé de frango com prosciutto! Gostou?"... hehehehe

É interessante como é fácil formar - e manter - uma imagem superfical sobre as pessoas quando a gente se relaciona com estrangeiros. É fácil tender a pensar que tudo que a pessoa faz e fala é um retrato dos costumes de seu povo e esquecer que cada um tem seus próprios jeitos e gostos e nem sempre ecoam os de seus conterrâneos. Como ser brasileira, ter orgulho de ser brasileira, mas não necessariamente gostar somente de samba, mas ter prazer em ouvir música clássica também.

Olhando pro rosto sempre sorridente da Inna, lembrei de um dito que diz mais ou menos que "realmente enxerga aquele que vê com o coração"! Prato russo ou não, naquela noite, éramos somente duas mulheres curtindo uma boa conversa, em inglês, sem nem prestarmos atenção aos sotaques! :-)

Wednesday, October 19, 2011

Me falta uma peneirinha!

Nunca tive uma cozinha tão equipada!! Forno multi-funcional, com ventilador, termostato, timer, grill e várias grelhas. Máquina de lavar pratos. Multi-processador de alimentos. E, claro, mixer, batedeira, torradeira, microondas, geladeira, fogão, freezer, balança, chaleira elétrica, depurador de ar. Máquina de café espresso. Três jogos de facas. Até uma slow-cooker (panela elétrica de cozimento lento) e uma maquininha de macarrão!

Tenho panela que não acaba mais! Vinte, ao todo. De aço inox e fundo triplo de cobre e tampa de vidro, de todos os tamanhos. De pressão, tenho duas. Assadeiras de todos os formatos e tamanhos. Jogos completos de pratos, copos, taças, xícaras, talheres etc etc. E os pequenos utensílios que facilitam o dia-a-dia: descascador, abridor, separador, medidor, moldador etc etc... E mais um monte de potes, tijelas, travessas, bandejas etc etc

E dá pra acreditar que não tenho e não encontro pra comprar uma ridícula peneirinha?!!! hahaha

Friday, October 7, 2011

Mel, doce mel.

Este líquido dourado é o produto milagroso de abelhas e uma deliciosa alternativa natural ao açúcar branco.

O fascinante processo de fazer mel começa com as abelhas recolhendo o néctar das flores que, em seguida, mistura-se com enzimas especiais na saliva das abelhas, iniciando um processo químico que transforma o néctar em mel.

O mel tem sido usado desde os tempos antigos, tanto como um alimento como medicamento. A prática da apicultura para a produção de mel, remonta a, pelo menos, 700 ac. Por muitos séculos, o mel foi considerado sagrado, por ser maravilhosamente doce, bem como por sua raridade. Foi usado principalmente em cerimônias religiosas para homenagear os deuses e para embalsamar os mortos. Também foi usado para uma variedade de fins medicinais e cosméticos. Por um longo tempo na história, sua utilização na culinária foi reservada apenas para os ricos, uma vez que era muito caro.

O prestígio do mel continuou por milênios até um acontecimento fatídico na culinária e na história mundial: a "descoberta" do açúcar refinado feito de cana-de-açúcar ou beterraba. Uma vez que estes proporcionavam uma forma relativamente barata de adoçar, substituíram o mel para o uso culinário. Desde então, embora o mel ainda seja usado para adoçar, muito do seu uso tornou-se focado em suas propriedades medicinais e uso em confeitaria.

Além de sua reputação como adoçante nutritivo da natureza, pesquisas indicam que o mel seja útil também como um agente antimicrobiano e antioxidante. Além de ser fonte de diversos sais minerais e vitaminas C e do complexo B.  Mas, tem o mesmo teor de calorias do açúcar e é restritivo aos diabéticos.

É importante manter o mel armazenado em um recipiente hermético para que não absorva a umidade do ar. Uma vez mantido em ambiente fresco e seco, durará quase que indefinidamente. Uma razão para isso é seu elevado teor de açúcar e acidez que ajudam a inibir o crescimento de microorganismos.

Vale lembrar também que a qualidade do mel é em função das plantas e do meio ambiente a partir do qual o pólen, sucos, néctares e resinas foram recolhidos. Outras substâncias encontradas no ambiente - incluindo traços de metais pesados, pesticidas e antibióticos - foram encontrados no mel. Então, não alimente crianças menores de um ano de idade com mel. Mas é seguro para crianças com mais de doze meses e adultos.

Se o mel estiver cristalizado, coloque o recipiente em banho-maria por 15 minutos para devolvê-lo ao seu estado líquido. Não aqueça o mel no microondas porque pode alterar seu sabor.

No mais, é só saborear as infinitas opções de uso do mel na sua alimentação: misturado ao iogurte natural ou em salada de frutas, em vez de leite condensado, com cereais, bolos, biscoitos, molhos, sorvetes.

Aqui, a minha receita de PÃO DE MEL:

ingredientes
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 xícara de mel
1 xícara de leite
2 colheres de manteiga (ou margarina)
3 ovos
1 colher de fermento
canela em pó
cravo em pó
noz moscada em pó

preparo
1. Bater as claras em neve e reservar;
2. Misturar as gemas com o açúcar e o mel. Adicionar a manteiga derretida;
3. Adicionar à mistura a farinha e o leite. Em seguida, adicionar o fermento e as especiarias.
4. Misturar gentilmente as claras e depositar em forma untada;
5. Assar em forno médio, pré-aquecido, por uns 40 minutos, dependendo do seu forno;
6. Deixe esfriar na assadeira antes de desenformar.

Eu não uso nenhum tipo de cobertura, mas, quem quiser, fique à vontade! ;-)

Monday, October 3, 2011

Crave Sydney Food Festival.

Foi só uma manhã, mas, muito bem aproveitada! :-)

Começou, no último sábado, o Craves Sydney Food Festival, o festival gastronômico de Sidnei. E vai por todo o mês de outubro. Haverá todo tipo de evento acontecendo em cada canto da cidade: cafés da manhã na praia, jantares com celebrity chefs, workshops, cursos, feiras etc.

O primeiro evento do festival foi o World Chef Showcase, no último fim de semana. onde vários chefs super badalados deram demonstrações, ao vivo, num palco montado no hotel Hilton, de algumas de suas criações espetaculares.

Assisti à apresentação do chef Martin Benn, dono do restaurante Sepia, de Sidnei. Sua moderna leitura dos ingredientes japoneses usa tecnologia sofisticada pra criar pratos como Japanese Stones (pedras japonesas) que consiste em diversos cremes (chocolate, cereja e coco) congelados em nitrogênio líquido e cobertos com chocolate branco tingido com pó de bambu queimado. A aparência final do prato é de uma torre de pedras pretas. Ao morder a casquinha superficial, o creme gelado do recheio derrete na boca como se fosse uma calda! Uma delícia! Sem falar que dá até gosto de comer uma sobremesa tão bonita. E que deu tanto trabalho pra ser produzida: o preparo completo leva dois dias!

A segunda parte do programa era de uma 'mesa redonda' entre três críticos gastronômicos sobre o futuro da gastronomia no mundo. Aparentemente, todos têm a sensação de que os chineses devem dominar também o mundo gastronômico nas próximas décadas.

Pra fechar a primeira manhã do festival, subiu ao palco o chef paulistano Alex Atala pra contar um pouco sobre os ingredientes extraídos da amazônia. Ele demonstrou diversos ingredientes à audiência como pimenta de cheiro, arroz preto e tapioca. Muito simpático e de uma honestidade comovente, o chef conquistou a todos. O pessoal sentado à mesma mesa que eu, ficou de boca aberta ao experimentar os ingredientes e o prato preparado por ele: ostras empanadas em farinha de rosca e cobertas com tapioca marinada. Resultado de uma longa 'viagem astral' na qual Alex Atala criou o mais delicioso jeito de comer ostra quente, em vez de fresca e crua!

Ao final do show, a fila pra conseguir um autógrafo, fazer perguntas, tirar foto ou simplesmente cumprimentar Alex Atala era longa. Mas, esse é o tipo de situação em que, ser brasileiro, traz vantagens e eu tive passagem livre até a cozinha pra falar com ele! Extremamente atencioso, Alex Atala conversou com todos, tirou fotos, deu autógrafos, respondeu a todas as perguntas e distribuiu sorrisos.

Eu, feliz da vida, saí com o livreto do programa do evento autografado por ele, uma foto e a fantasiosa sensação de que aprendi algo sobre "fine dinning". Mas, definitivamente, aprendi algo sobre meu próprio país! E foi com um conterrâneo, do outro lado do mundo!! :-D


Mais uma vez, obrigada e parabéns, chef Alex Atala!

Tuesday, September 27, 2011

O tempo!

Ah, o tempo! Há tantas maneiras de se abordar o tema "tempo"! Eu vou simplesmente deixar 'sair pra fora' as ideias, usando o tempo, significando a passagem dele... horas, dias, semanas etc.

A gente é, na essência, impaciente. Reclama da fila, acha ruim quando o ônibus está dois minutos atrasado, não tem tempo pra visitar um amigo, come cru e quente.

Feliz é aquele que aprende cedo que o mundo anda num rítmo diferente do que desejamos. Assim como não temos pressa pra resolver o problema dos outros, os outros, da mesma forma, não têm pressa com os nossos!

Levou um tempo até que eu me encontrasse aqui, sentada num sofá muito aconchegante, de frente pra uma janela grande onde um vale das Blue Mountains me mostra um quadro lindo, com árvores, pássaros e um  céu super azul a perder de vista. Esse é meu novo lar. Depois de 5 meses matando a saudade do Brasil, me mudei pra Austrália, onde pretendo fincar pé - pelo menos, até a próxima aventura! ;-).

Foi um período em que o plano era esse mesmo, revisitar a minha gente, lá no Brasil, enquanto aguardava o visto de imigração. Mas, como típica humana, nem sempre encarei a situação como positiva, pra aproveitar o tempo me divertindo. Ao contrário, muitas vezes, passei horas e até dias lamuriando sobre a demora do processo de imigração, me sentindo presa e impotente. Quanto drama e estupidez!

Os meus principais mecanismos pra lidar com a frustração da espera é me manter ocupada e otimista. Sempre mantenho o bom humor e a fé de que, no final, tudo dará certo. E procuro o que fazer pra preencher o tempo e manter a cabeça ocupada com coisas úteis. E mesmo assim, durante esse tempo, confesso que, em muitos momentos, não consegui manter nem o bom humor e nem a mente ocupada! E daí, já sabe o ditado: 'cabeça vazia é morada do diabo!'. E a depressão toma conta da gente. Mas, graças a Deus, comigo, esses momentos nunca foram muito duradouros e sempre encontrei uma forma de escapar do baixo-astral.

Acredito muito naqueles ditados sobre "o dia é a tela e a paisagem é você quem pinta", "você é quem decide se o seu dia será bom ou ruim". Em outras palavras, está em mim a decisão de ser feliz ou infeliz hoje. Eu escolho se encaro a espera como uma prisão ou como uma oportunidade de reflexão.

Então, decidi refletir - e me divertir -, já que tinha todo o tempo do mundo! Foi muito bom! Descobri um canal pra desenvolver uma velha vocação, aprendi a costurar, escrevi bastante e cozinhei bastante também, fui a lugares que desejava ir há muito tempo. Mas, tenho que admitir que poderia ter feito muito mais se não fossem os momentos sombrios que me deixaram triste por estupidamente pensar que estava perdendo meu tempo! Foi por estupidez que realmente perdi meu tempo me sentindo triste!!

Bom, o aprendizado que ficou pra mim foi que é preciso não sentir pena de si mesmo por coisas que nos acontecem. mas, simplesmente encarar os desafios e seguir em frente, sem desanimar e sem reclamar. Mantendo o bom humor e a esperança. Temos total responsabilidade sobre o tempo que nos é dado e me recuso a desperdiçá-lo, irresponsavelmente, me sentindo triste! :-)

Sunday, July 31, 2011

Pudim de pão / Bread pudding

Sempre gostei muito de pudim de pão. Cresci comendo pudim de pão. Um belo dia, resolvi que queria independência sobre o meu pudim de pão e pedi a receita pra minha mãe. Como ela estava ocupada com outros afazeres da casa naquela manhã, eu, no auge da impaciência de adolescente, fui pra cozinha e criei isto:

6 pãezinhos (francês de 50g) picados
5 copos de leite
10 colheres (sopa) de açúcar
3 ovos inteiros
2 colheres (sopa) de margarina
canela em pó a gosto

Misturei todos os ingredientes e assei em fôrma caramelada por, mais ou menos, 45 minutos. Não coloquei em banho-maria. Ficou ótimo. Todos gostaram.

Desde então, essa receita conquistou muitos fãs, alguns até internacionais! Tem gente que gosta tanto que me pede a receita e até me convida pra fazer o dito cujo em sua própria casa.

Também gosto de mencionar que é uma excelente maneira de aproveitar pães velhos. Esse pudim aceita qualquer tipo de pão: francês, de fôrma, italiano, bisnaga, qualquer um.

Ao longo dos anos, fui adicionando ingredientes "coadjuvantes" no preparo e na maneira de servir como uma forma de quebrar a monotonia. A receita acima já foi recheada com goiabada e queijo, bananas fatiadas e já foi servida com sorvete de creme. Pode ser servido quente, com o chá da tarde, ou frio, como sobremesa.

Também fica muito boa a versão de liquidificador e com leite condensado: substitui-se o açúcar por uma lata de leite condensado e bate tudo no liquidificador. A massa fica mais lisa e, se for assada em banho-maria, fica com furinhos e sabor iguais ao tradicional pudim de leite.

Nos últimos tempos, comecei a procurar uma alternativa pros gordinhos e diabéticos poderem apreciar o pudim sem problema. Até mesmo pra eu não me sentir culpada por "envenenar" alguém. Então, modifiquei a receita pra essa aqui:

6 pãezinhos (francês de 50g) picados
5 copos de leite desnatado
2 colheres (sopa) de açúcar light ou 10 colheres (sopa) de Tal e Qual
3 ovos inteiros
essência de baunilha a gosto
canela em pó a gosto

O processo de preparo é o mesmo e a calda de caramelo pode ser adicionada ou não. O pudim, com calda ou sem calda, é assado e desenformado da mesma maneira. Eu prefiro desenformar ainda quente, quando a calda ainda está bem líquida. Uma outra dica é a de untar a fôrma do pudim sem calda de caramelo, que fica mais fácil pra desenformar.

Fiquei alegremente surpresa quando percebi sucesso igual da versão mais light. Todo mundo gosta muito, pede a receita e não reclama do sabor de adoçante. Muitos nem sequer percebem que o pudim leva adoçante.

Notem que o pudim light ainda é feito de PÃO que, por sua vez, é feito de farinha de trigo, de consumo restrito a muitos diabéticos. Então, há que se ter critério pra consumir o delicioso pudim, caso você seja diabético, ok!

No mais, espero que todos aproveitem as receitas e comam bastante pudim de pão. E me contem das suas próprias adaptações e criações em volta de uma das minhas sobremesas favoritas! :-D

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Bread pudding

I've always loved bread pudding. I grew up eating bread pudding. One day I decided I wanted to be independent and make my own bread pudding and asked my mom for the recipe. As she was busy with other chores of the house that morning, at the height of the impatience of a teenager, I went to the kitchen and created this:

6 rolls, chopped
5 cups of milk
10 tbsp of sugar
3 whole eggs
2 tbsp of margarine
cinnamon to taste

I mixed all ingredients and baked in a caramelized pan for about 45 minutes. I didn´t put in a water bath. It turned great. Everyone liked it.

Since then, this recipe has made many fans, some international ones too! Some people like it so much that ask me for the recipe and even for me to go and prepare it in their own home.

I also like to mention that it is an excellent way to use stale bread. This pudding accepts any type of bread: white, Italian, French, naan, wholemeal, any bread.

Over the years, I tried adding “supporting” ingredients to the recipe and into the serving as a way to break the monotony. The recipe above has been filled with guava jam and white cheese (very popular combination in Brazil), sliced
​​
bananas and was served with vanilla ice cream. It can be served warm, along with your afternoon tea, or cold as a dessert.

There's also another good version of it: replace the sugar by a can of condensed milk and mix everything in the blender. The dough gets very smooth and, if baked in a water bath, develops holes and flavor just like the traditional milk pudding.

Recently, I started to think of an alternative for the chubbies ones and for the diabetics, so they can enjoy the pudding without problem. Also, I won´t feel guilty for "poisoning" anyone. So, I modified the recipe to this one:

6 rolls, chopped
5 cups of skim milk
2 tbsp of sugar or 10 tbsp of cooking sweetener
3 whole eggs
vanilla extract to taste
cinnamon to taste

The preparation is the same and the caramel syrup can be added or not. The pudding with the syrup or without it, is baked and unmolded the same way. I prefer to unmold when it is still hot and the syrup is still liquid. Another tip is to grease the pan of the pudding without the caramel syrup, which makes it easier to unmold it.

I was happily surprised when I realized the same success with the light version. Everyone likes it a lot and I heard no complaints about the sweetener after taste. Many don´t even realize that the pudding contains sweetener.

Note that the light version of the pudding is still made of BREAD, which is made of wheat flour, restricted to many diabetics. So, there should be discretion to eat this delicious pudding if you are diabetic, ok!

Apart from that, I hope you all enjoy the recipes and eat lots of bread pudding. And tell me of your own creations and adaptations around one of my favorite desserts! :-D

Tuesday, July 26, 2011

Você também pode! / You can also!

"Que cabelo bonito!" "Como ela dança bem!" "Carrão, hein!" "Ele nunca perde o bom humor!"

Todos já ouvimos, e dissemos, frases como essas. Estamos, grande parte do nosso tempo, querendo ser ou ter algo mais, nos comparando à outras pessoas. Isso é saudável, até um certo ponto. Até o ponto em que essa admiração nos impulsiona pra mudarmos algo na nossa rotina e nos ajudar a melhorar, chegar mais próximo ao que se quer obter. Seja emagrecer, trocar de emprego, voltar a estudar, aprender a costurar...

É aquela inveja benéfica que, no primeiro momento desperta a nossa cobiça e, no segundo, nos mostra que é possível - já que o outro conseguiu, eu também consigo! - e, finalmente, nos move na mesma direção. É uma atitude completamente diferente da de pessoas que só sentem inveja e não a motivação pra conseguir o mesmo. Aí, fica só a inveja, que traz junto maledicência, falsidade, rancor e montes de outros sentimentos ruins.

É claro que tenho uma historinha pra ilustrar mais esse post. Sempre tenho uma historinha que aconteceu comigo pra contar... :-)

Eu costumava visitar os clientes da empresa em que trabalhava, juntamente com o vendedor, dependendo do projeto que rolava no momento. Uma mulher que visitávamos, vez por outra, tinha unhas lindas, bem feitas e eu ficava encabulada de mostrar as mãos porque naquela época não tinha o costume de fazer as unhas regularmente e as minhas unhas não se comparavam às dela, sempre bem cuidadas e esmaltadas. Eu, claro, nunca disse nada à ela, mas, comecei a "dar um tapa" no visual das unhas, de vez em quando. Quando uma amiga me indicou um salão, eu testei e me apaixonei pela Maga das Unhas! - a Erika. Pronto! Salão toda semana pra fazer as unhas, pés e mãos. Daí pra frente, sempre foi elogios, amigas querendo saber onde eu fazia as unhas e tal. Fiquei super feliz porque eu também podia ter unhas bonitas! :-)

Alguns anos mais tarde, aquela mulher, a cliente das unhas bonitas, veio trabalhar na mesma companhia que eu, no mesmo departamento, e nos tornamos colegas de trabalho. Eu, acredite, já havia esquecido a história das unhas! Até que um dia, ela virou e me disse: "Fernanda, acho suas unhas tão bonitas, bem cuidadas. Eu nunca tive unhas assim". Naquele momento, eu me lembrei que eu é que invejava as dela, no passado! Daí, sim, eu contei que ela tinha um certo mérito na atual aparência das minhas unhas e a agradeci por isso. Demos risada e trocamos figurinhas do tipo marca de esmalte, formato de unha etc

Esse episódio me ensinou como fazer com que a inveja seja uma coisa positiva na nossa vida. Querer o mesmo que o outro tem pode ser o empurrãozinho que a gente precisava pra correr atrás. ;-)

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You can also!

"What a beautiful hair!" "She dances so well!" "What a car!" "He never loses the sense of humor!"

We've all heard, and said, something like those. We are, most of our time, wanting to be or have something else, comparing us to other people. It is healthy, to a certain point. To the extent that this admiration moves us to change something in our routine and help us to improve and get closer to what you want to get. Whether losing weight, changing jobs, going back to school, learn to sew ...

It is that kind of positive envy which, at first arouses our greed, and at the second shows us that it is possible – “He can, I can also!” - And finally moves us in the same direction. It is a completely different attitude from that of people who feel just envy and not the motivation to achieve the same. Then, it is just envy, which brings together slander, rumors, anger and lots of other bad feelings.

Of course I have a story to further illustrate this post. I always have a story to tell what happened to me ... :-)


I used to visit the company's customers with the seller, depending on the project on at that moment. A woman who we used to visit occasionally had beautiful nails, well done and I was embarrassed to show my hands because at that time I wasn´t used to have my nails done regularly and they weren´t comparable to hers, always well looked after and looking nice . I, of course, never said anything to her, but I started to care more about the look of my nails. When a friend took me to a salon, I tried and I fell in love with the Nails Wizard! - Erika. That was it! Going to the salon every week to get my nails done, fingers and toes. From that point on, there was always compliments, friends wondering where I had the nails done and such. I was super happy because I could have beautiful nails too! :-)

Some years later, that woman, the beautiful nails´ client, joined the same company as me, in the same department, and we became colleagues.
Believe me, I had already forgotten that story! Until one day, she turned and said, "Fernanda, I think your nails are so beautiful, well cared for. I never had nails like that." At that moment, I remembered that I used to envy hers in the past! Then I told her that she had a certain merit in the actual looks of my nails and thanked her for that.
We laughed about it and exchanged tips about nails polish brands, nails shapes etc.

That episode taught me how to make that envy plays as a positive thing in our life. Wanting the same as the others have can be the push we needed to go for it. ;-)

Saturday, July 23, 2011

Sobras / Leftovers

Já mencionei outras vezes que detesto desperdício de comida e que tento aproveitar tudo que é possível na cozinha.

Sem brincadeira, juro que o cestinho de lixo da minha cozinha é minúsculo e, geralmente, só tem cascas e sementes não comestíveis (ou que eu ainda não sei como aproveitá-las) e excesso de gordura que corto fora das carnes.

Tento usar todas as partes dos legumes e hortaliças, assim como das frutas também. E, principalmente, re-utilizo as sobras de comida em outras receitas:

Além do pudim de pão, pra aproveitar os pãezinhos adormecidos, também faço croutons pra jogar por cima de sopas, frito com manteiga pra fazer sanduíches, faço torradinhas ou misturo com carne moída pra fazer almôndegas.
Os restinhos de arroz cozido, que não dão nem pra uma refeição, uso pra fazer bolinho frito. Banana passada, já bem machucada, faço geléia ou doce de banana. Feijão cozido, dá pra fazer farofa ou tutu, misturado à farinha de milho em flocos. Leite azedo, vira ambrosia.

Outro dia, esqueci o sagu de vinho no fogo e as bolinhas desmancharam completamente. Virou uma massa gomosa, mas de gosto delicioso... hehehe... resolvi que aquilo dava um bom recheio de torta. Bati biscoito maizena no liquidificador, misturei com margarina, moldei no fundo de um refratário, enchi com o recheio de vinho e cobri com o restante da farofa de biscoito. Depois de umas horas de geladeira, ficou ótimo. E não tive que jogar fora o pseudo-sagu! :-)

Qual a sua receita especial de aproveitamento de sobras?

PS: O Globo Reporter de hoje vai falar sobre desperdício de alimentos no Brasil. Vale a pena conferir.

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Leftovers

I´ve already mentioned that I hate wasting food and I try to make use of all that is possible in the kitchen.

No kidding, I swear that the trash
bin in my kitchen is tiny and usually only has skin and seeds (non-edible or that I still don´t know how to use it) and fat excess I cut off the meat.

I try to use all parts of vegetables and greens, fruits as well. More importantly, I re-use the leftovers in other recipes:

In addition to bread pudding, to use old rolls, I also
make croutons to sprinkle on top of soups, fry with butter to make sandwiches, I make toast or mix with ground beef as meatballs.
The last bit of cooked rice, not
even enough for one meal, I use it to make fried patties. Bananas, old and bruised, I cook with sugar to a jam. Cooked beans can turn into tutu (Brazilian seasoned paste mix), mixed with corn flour. Sour milk, becomes ambrosia.

The other day, I forgot the red wine sago cooking and the pellets have dissolved completely.
It turned a gummy mass, but very tasty ... hehehe ... I decided that it´d give a good pie filling. I crashed cookies, mixed with butter and molded it in a dish, filled with the red wine filling and covered with the remaining cookie crumbs. After
few hours in the fridge, it was great. And I didn´t have to throw out the pseudo-sago! :-)

What is your special recipe to use leftovers?

Friday, July 22, 2011

Também é bom ficar em casa! / It´s also nice to stay at home!


Quando escrevi sobre como é bom dar uma viajadinha, quis escrever também sobre como é igualmente gostoso ficar em casa.

É bom dormir na nossa cama, usar o banheiro de casa - tem gente que simplesmente não consegue "ir" em outros banheiros e volta das viagens sempre "entupido"! É bom também cuidar do jardim, ler no sofá da sala, assistir à novela, ouvir aquele cd comprado há anos e que a gente nem teve tempo de curtir, pedir uma pizza no sábado à noite, quando os amigos vêm visitar. Coisas de fazer em casa!

Como já escrevi antes, venho gostando de fazer coisas em casa. Sempre tive profissionais, dentro e fora de casa, pra fazer as coisas pra mim. Hoje em dia, gosto mais de comer o que eu mesma cozinho do que comer em restaurantes. Também sinto um prazer imenso quando alguém elogia minhas unhas, devidamente feitas por mim. E vou pra cama, no fim do dia, feliz por ver que a casa está em ordem e cheirosa a custo do meu próprio suor! hehehe... que dramática! Mas, o que quero dizer é que acredito naquele ditado que diz que "não há lugar melhor no mundo do que a casa da gente" e sinto prazer de ficar em casa, às vezes.

Viajar é delicioso, nos diverte, instrui e relaxa a mente, mas, é maravilhoso ter um lugar pra onde voltar! :-)

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It´s also nice to stay at home!

When I wrote about how good it is to go on a trip, wanted to write about how it's also nice to stay at home.

It is good to sleep in our own bed, use the bathroom at home - there are people who just can´t "go" in other bathrooms and always go back home kinda "clogged"! It's also good gardening, reading on the sofa, watching soap opera, listen to that cd bought years ago and we still had no time to enjoy, order a pizza on a Saturday night, when friends come to visit. Things that we do at home!

As I wrote before, I've been enjoying doing things at home. I had always have professionals, inside and outside home, to do things for me. Today, I´m more pleased in eating what I cook myself than eating in restaurants. I also feel a great pleasure when someone compliments my nails, duly made
​​
by me. And go to bed at the end of the day, glad to see that the house is neat and smelling nice at the cost of my own sweat! hehehe ... so dramatic! But what I mean is that I believe that saying "there´s no place like home" and I enjoy staying at home sometimes.

Traveling is great, entertains us, instructs and relaxes the mind, but it is wonderful to have a place to go back to! :-)

Thursday, July 21, 2011

Viajar é mais que cultura e boas fotos. / Travelling is more than culture and nice pictures.

Continuando com o tema "viagem", gostaria de falar sobre coisas que a gente aprende por esse mundão-de-meu-Deus que são de caráter mais particular, individual. Não estão nos guias turísticos. São as experiências que marcam e nos mostram perspectivas e ângulos diferentes de situações conhecidas e até mesmo situações novas. Cada viajante as sente de um jeito. E aprende com elas. Eu aprendi muito com elas!


O que consegui aprender de mais legal em viagens, longas e curtas, foram duas coisas. Duas coisas que me mostraram claramente algo que considero muito importante para nosso crescimento moral e ético:

Coisa Legal #1: preciso de muito menos do que tenho pra viver bem e feliz.
Em 2007, fiz uma viagem de dez dias na qual minha mala foi extraviada e tive que me virar sem "as minhas coisas" durante todos os dez dias! Presentes que havia comprado pra amigos que fui visitar tiveram que ser substituídos por abraços ternos. Não tinha meu precioso secador e usei o cabelo preso durante grande parte do tempo. Comprei algumas peças de vestuário como uma calcinha, um par de sandálias e um vestidinho simples, já que as roupas de calor estavam na mala e eu usava botas de cano longo e jaqueta de couro quando saí de casa!
Em 2010, uma amiga que viajou comigo até comentou que invejava a minha capacidade de sair pra uma viagem de 5 dias apenas com uma malinha de mão! Aprendi! E não passei apertado! ;-)


E, instintivamente, comecei a viver dessa maneira, tendo mais critério na hora de comprar coisas e a sentir menos falta de dez cores diferentes de batom na necessaire!


Coisa Legal #2: tolerância!
Quando a gente vai pra um lugar diferente, provavelmente, vai encontrar gente diferente, comida diferente, às vezes, até língua diferente. Sem falar nos costumes. E nem todos os viajantes têm paciência em aceitar tais diferenças, nem que seja somente por uns dias. Em algumas situações, até fazem chacota do pessoal local.
Eu sempre tentei ser compreensiva com os costumes locais, do lugar onde estou de visita, e me adequar à situação momentânea, pra aproveitar a experiência. Até incorporei o hábito de tomar chá, depois de um tempo em Cingapura e aprendi a apreciar comida apimentada, depois de algumas idas à Índia. Mas, o que mais gostei de aprender sobre ser tolerante, nessas minhas viagens, foi com a comunicação em línguas diferentes. O que realmente importa é a comunicação, de uma forma educada, mesmo que a gramática não seja perfeita, seja lá em que língua for a conversa. Mas, vi muito brasileiro zombar de alguém por não falar um inglês imaculado...!


Acho que por causa das dificuldades que um viajante passa, em determinadas situações, e sobrevive a elas, lhe dá a chance de aprender a ser mais humilde e aceitar que coisas, pessoas, costumes e situações, mesmo que diferentes de seu cotidiano confortável, podem também funcionar perfeitamente, em harmonia com a gente local e, quiçá, até com ele mesmo! Se ele se permitir aproveitar a experiência plenamente!


E você? O que aprendeu de mais legal em suas viagens? Aquilo que não está nos livros ou que mudou sua forma de encarar certas situações. :-)

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Travelling is more than culture and nice pictures.

Continuing with the theme "travelling", I would like to talk about things we learn from the world which are of a more particular and individual matter. They are not in tourist guidebooks. They are experiences that mark and show us different perspectives and angles of familiar situations and even new situations. Every traveler feels them in a particular way. And learn from them. I learned a lot from them!

The coolest things I could learn on my trips, long and short, were two. Two things that clearly showed me something I consider very important to our moral and ethical growth:

Cool Thing # 1: I need a lot less than I have to live well and happy.In 2007 I made a trip of ten days on which my luggage was lost and I had to cope without "my stuff" during all ten days! Gifts I had bought for friends I went to visit had to be replaced by warm hugs. I didn´t have my precious hair drier and kept my hair tied for most of the time. I bought a few pieces of clothing as underwear, a pair of sandals and a simple dress, since the summer clothes were in the bag and I wore long boots and leather jacket when I left home!
In 2010, a friend who traveled with me even commented that she envied my ability to go out on a 5-day trip with only a small carry on bag! I learned! And didn´t have a problem! ;-)

And instinctively, I began to live that way, having more discretion when buying things and regretting less not having ten different colors of lipstick in my necessaire!

Cool Thing # 2: tolerance!
When we go to a different place, probably will find many different people, different food, sometimes even different language. Not to mention the customs. And not all travelers have the patience to accept those differences, even if it is only for a few days. In some situations, even mocking the local people.

I always tried to be sympathetic to local customs, the place where I am visiting, and I adapt to the momentary situation, to enjoy the experience. I´ve introduced the habit of drinking tea, after a while in Singapore and learned to appreciate spicy food, after a few trips to India. But what I liked most to learn about being tolerant, on my travels, was with communicating in different languages. What really matters is communication in a polite way, even if the grammar is not perfect, whatever the language the conversation is. But I saw many Brazilian mocking someone for not speaking immaculate English...!

I think because of the difficulties that a traveler goes through in certain situations, and gets over them, gives him/her the chance to learn to be more humble and accept that things, people, customs and situations, even if different from his/her comfortable everyday life, can also work perfectly in harmony with the local people, and perhaps even to himself/herself! If he/she does allow himself/herself to fully enjoy the experience!

What about you? What did you learn the coolest on your travels? That that is not in books or that changed your way of looking at certain situations. :-)

Monday, July 11, 2011

É bom viajar! / It´s nice to travel!

Todo mundo concorda que é ótimo viajar. A passeio, claro. Alguns não curtem. Mas, a maioria das pessoas está sempre esperando ansiosamente pelas férias pra poder pegar a estrada e visitar parentes, amigos, lugares e relaxar, esquecer das preocupações cotidianas.

"Eu vou viajar!" - é uma frase que causa comoção em qualquer cidadão! Não importa muito se a viagem é curta ou longa, se é perto ou longe. O que vale é a razão pela qual passamos pelo perrengue todo de comprar passagem, reservar hotel, alugar carro, arrumar malas, entupir o carro, pegar horas de estrada ou espera no aeroporto, filas, pedágios, calor, frio, chuva, atrasos, imprevistos etc etc etc... Mas, quando chegamos ao nosso destino, ah que beleza!

Encontrar aquela pessoa que há tempos se sente saudade ou fotografar aquele monumento que se sonhou conhecer pessoalmente a vida toda! Ou ainda nadar no mar tão azul ou simplesmente relaxar ao lado da piscina com uma latinha de Skol na mão!

Viajar é sempre bom. Mesmo que as atrações "de lá" possam ser encontradas na própria cidade onde se vive. Viajar "pra lá" muda totalmente o contexto da diversão. "Lá" é muito melhor!

Não quero questionar muito sobre a razão por trás desse sentimento, mas, acho que é porque "lá" é um lugar diferente, fora da rotina, desconhecido, imprevisto e, por isso mesmo, excitante!

Tem gente que é viciado em viajar, simplesmente não consegue sentar o facho por muito tempo. Outro dia, li uma matéria sobre um espanhol que diz ter visitado todos os países do mundo durante 44 anos de viagens. Tenho vários amigos que já voltam de uma viagem pensando na próxima. Eu mesma, no início do ano, já marco na agenda todos os feriados e começo a escolher os destinos pra planejar bem as viagens com antecedência. E vira e mexe, vou inventando uma "chegadinha" de fim de semana aqui e acolá...

E, dependendo de como você planejar a viagem e aonde estiver querendo ir, nem fica tão caro assim! ;-)


It´s nice to travel!

Everyone agrees it's great to travel. On pleasure, of course. Some don´t like it. But most people are always looking forward to the holidays so they can hit the road and visit relatives, friends, places and relax, forget their everyday concerns.

"I´m going on a trip!" - It´s a sentence that excites anyone! It doesn´t matters much whether the trip is short or long, if it is near or far. What counts is the reason we went through all the hassle to buy tickets, book hotel, rent a car, pack bags, clog up the car, long hours driving or waiting at the airport, queues, tolls, heat, cold, rain, delays, unforeseen issues etc etc etc ... But when we´ve reached our destination, oh how nice!

Meeting up with that person we´ve missed for so long or photographing that monument we´ve dreamed of the whole life! Or swimming in the sea so blue, or simply relaxing by the pool with a can of beer in hand!



I don´t want to question much about the reasons behind that feeling, but I think it's because "there" is a different place, out of routine, unfamiliar, unexpected and, therefore, exciting!

Some people are addicted to travel, just cannot sit for too long. The other day I read a story about a Spanish man who tells to have visited all the countries of the world during 44 years of travel. I have several friends who have come back from a trip already thinking about the next one. I myself, at the beginning of the year, note on the agenda all the public holidays and start choosing the destinations for planning trips well in advance. Once in a while, I will come up with a "quick getaway" weekend here and there ...

Travelling is always good. Even though the attractions "there" can be found in the city where you live. Travelling "there" totally changes the context of the fun. "There" it is much better!
 
And depending on how you plan the trip and where you are wondering  to go to, it is not that expensive! ;-)

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